Leituras de Janeiro e Fevereiro de 2025

O último livro que comentei aqui no blog foi o Poder do Hábito, que por mais que seja uma leitura útil, assim como a maioria dos livros de auto ajuda, tem muita encheção de línguiça. Eu li alguns capitulos, e por mais que a ideia de aprender as técnicas de como melhorar seu hábitos seja muito interessante pra mim, a cultura da auto ajuda, coach, empreendedorismo, já foi tão deturpada que reporgramação quantica de mindset já é até noticia velha. E igrejas coach empreendedorismo são reais.
Não acho que o Poder do Hábito tenha deturpações, só acho que assim como a maioria dos livros de auto ajuda, dá pra aprender o que é ensinado ali de maneira muito mais rápida do que seguindo a leitura do livro, é muita encheção de línguiça. No fim das contas é aquilo, o ensinamento é rápido, mas não dá pra vender um livro de uma só página. Sobre esse livro em especifico, o Atila Iamarino já resumiu bem nesse podcast.

Se você assim como eu está sem saco pra leituras que vem nesse formato padrão de auto encheção de linguiça, esse vídeo pode ajuda, as legendas automáticas não estão perfeitas, mas dá pra entender. Se você tem interesse, apoio a leitura também. Só não é pra mim nessa fase da vida.

Agora sim, depois de justificar do porque eu larguei a leitura de o Poder do Hábito, segue a lista das leituras de Janeiro e Fevereiro.

– Gender Queer, de Maia Kobabe, HQ
Maia é foda, essa HQ me lembrou muito A Diferença Invisivel de Julie Dachez, que também é uma leitura foda que recomendo.
Genêro Queer me permitiu entender muito sobre como é a vida de uma pessoa pessoa trans definida com o genêro feminino no nascimento, Maia é não binarie, e aqui elu expande de maneira muito intímista, como foram os processos de descobrimento, identificação e luta pelo seu espaço como pessoa nb. Eu tive poucas oportunidades de trocar com pessoas trans masculinas, e isso já causou dificuldades nas trocas no passado, e essa hq me ajudou justamente nisso, entender melhor a vivência. Sinto que ainda tenho muito a aprender, e vou continuar fazendo esse esforço consciente, porém eu sei que ao ter visto um pouco mais desse recorte da vivência trans, eu aprendi um pouco mais, e isso vai me ajudar nas minhas trocas.
Além disso, eu também estive questionando minha identidade de genêro na época dessa leitura, isso também me ajudou nesse sentido.
Muito bom muito bom, recomendo que todos leiam. Especialmente que não tem tanta vivência com pessoas trans e quer entender.

– All Boys Aren’t Blue, de George Matthew Johnson, livro
Esse é pesado em, mas é muito bom também. Gender Queer me encantou tanto que foi procurar leituras semelhantes, com foco agora em não binariedade voltada para pessoas designadas com o genêro masculino no nascimento, e a capa desse livro me chamou muito atenção. Mesmo eu dando prioridade para HQs, esse livro roubou minha atenção. Porém a leitura é pesadissima.
Ambos Maia e George são pessoas queer dos Estados Unidos, porém George, relata também como é ser uma pessoa queer e preta, o que é um recorte totalmente diferente.
Eu ainda não terminei a leitura, eu leio esporadicamente, e recomendo que façam o mesmo, alguns capitulos são mais pesados do que outros e existem muitos gatilhos, inclusive já vi alguns amigos dizendo que não tem vontade de ler por conta disso.
A leitura tem sido enriquecedora, recomendo para todo mundo que quer entender melhor o recorte de pessoas pretas queers, é claro, nesse caso, é um recorte especifico dos Estados Unidos, mas existem muitos paralelos com o Brasil.

E por fim, eu também tenho lido Invencivel e Jujutsu Kaisen, mas não tenho muito a falar sobre esses dois, é shonen e super héroi né, o que posso dizer é:
Legal como adaptarama etnia dos dubladores na animação de Invencivel;
Por enquanto Jujutsu não parece ter muita sexualização, o que é bom;
Kaboom, boing, poof, pew pew, crash.

Tentei ler Boruto nesse meio tempo e me surpreendi com como o mangá é mil vezes mais rápido do que o anime, fui pesquisar e descobri que 75% do que tem no anima, não existe no mangá, que loucura.
Larguei a leitura porque:
A Sarada é muito sexualizada;
É muito triste saber que o Masashi Kishomoto já tinha planejado o final de Naruto Shippuden de maneira redondinha, sem a besteira de um milhão de camadas de jogo de manipulação do Zetsu Preto e Kaguya, mas a editora mandou ele deixar um final com possibilidade de continuação pra eles continuarem farmando dinheiro.

Tentei ler Fundação e Império, do Asimov, o segundo livro da saga Fundação, considerando que eu amei o primeiro livro, é engraçado ver como achei a leitura desse segundo arrastada, e nesse caso, se tratando de uma ficção, prefiro guardar minha disposição para leituras dificeis quando for ler alguma não-ficção, como All boys Aren’t Blue, e deixar pra ler ficção quando eu for ler algo mais leve, como Invencivel.
Mas eu amo muito o primeiro Fundação, está no meu top 5 livros, então quero insistir nessa leitura em um outro momento, só não é pra mim agora.
Leiam Fundação, especialmente se você gosta de ficção cientifica, se você viu a série, saiba que não tem nada haver com ela.

Devo começar a ler A Origem da Familia, Propriedade Privada e o Estado, do Engels. Assim que der, mas antes, tenho alguns TCCs para ler, hehe. Bom demais se rodear de pessoas interessantes e inteligentes.

Enfim, por enquanto é isso, vou tentar tornar isso um hábito, o de fazer resumo mensal de livros, e também compartilhar albuns de fotos e vídeos.
Besos!